Clube da Maturidade
mente em terapia
A inteligência emocional e a empatia nos relacionamentos
mente em terapia
A Empatia necessita da Inteligência Emocional para existir.
Observe alguns exemplos de total ausência de Inteligência Emocional e, consequentemente, da Empatia.
Quando você atende uma ligação telefônica... O telefone toca e já se sabe quem está te ligando: o marido, namorado, filho, a companheira, filha ou sua mãe...pessoa de sua intimidade.
Você está muito ocupado, com tempo limitado ou com alguma preocupação naquele momento, mas mesmo assim, atende:
- ALÔ ! FALA!!
Ou:
- ALÔ ! O QUE VOCÊ QUER???
Se você já tem internalizada a Inteligência Emocional, terá uma atitude absolutamente contrária a essa, sem que precise justificar:
"-Ahhh...eu só falei assim porque não preciso ter cerimônia, afinal eu já sabia que do outro lado era uma pessoa da minha intimidade."
É claro que nem sempre você estará disponível para atender um telefonema, de forma afetuosa, educada e tolerante, independente de quem seja. No caso acima, o ideal é que você não atenda ou, se for necessário atender, que lance mão da sua Inteligência Emocional.
Mais importante que "qualquer coisa" que você diga é a forma como você diz essa "qualquer coisa..."
Seu tom de voz... sua postura corporal...
Já mencionei esse assunto em outro artigo, volto a repetir porque essa atitude está contextualizada na Inteligência Emocional.
Outro exemplo:
-Solicitando um favor... Você está distante da TV e pede a alguém, da sua intimidade: filhos, marido, mãe, esposa ou a empregada, que traga o "controle remoto" prá você...
Utiliza um tom de voz arrogante, arremessa o corpo prá frente de forma impositora e diz:
- Pega esse controle aí, faz favor!
Observe que, embora você tenha utilizado a expressão educada: "faz favor" sua solicitação está muito distante de ser recebida como gentil ou simpática e, dificilmente, será atendido com prontidão.
Mais outro exemplo:
-Conversando com alguém da sua intimidade...
A pessoa diz prá você, em meio a conversa:
- Ah! Hoje estou tão chateada...
Você responde imediatamente:
- Eu também! Sabe que meu carro teve aquele mesmo problema do mês passado?
Imagina que eu...
(continua falando até concluir sua história)
E... o que será mesmo que deixou tão chateada, a pessoa que está conversando com você, hem?
Vocês irão se despedir ou talvez dormir e...
Você ficará sem saber o motivo que possa ter deixado sua companhia infeliz talvez até nem lembre da frase queixosa dela.
Na realidade, em cada situação aqui exposta, faltou a "inteligência emocional" e, portanto não aconteceu qualquer empatia.
A interação aconteceu com pessoas que, presumivelmente, não precisariam ser conquistadas, porque já faziam parte da vida íntima.
Como, habitualmente, esses sinais são utilizados no universo pessoal, íntimo não é de se estranhar que, sem a menor percepção, eles sejam utilizados, também, com pessoas de contatos ocasionais ou estranhas.
Importante observar o quanto a empatia se faz necessária, em diversas áreas da nossa vida através dela, podemos garantir, no mínimo, a conquista de novos amigos e a manutenção dos antigos.
Igual atenção deve ser dada às nossas relações intimas, porque essas também necessitam da empatia aplicada e, através dessas ultimas relações é que teremos oportunidade de fazer nosso treinamento diário.
Em resumo , as características dessas duas habilidades humanas ...
1) Inteligência Emocional - A consciência que tenho das minhas próprias emoções.
2) Empatia - A capacidade de reconhecer as emoções do outro, por meio da minha Inteligência Emocional.
Como a relação com o mundo depende sempre da referência do EU x OUTRO, a Empatia é um tipo de Inteligência Emocional, que permite que você se coloque no lugar do outro para experienciar sua dor, sem no entanto, deixar de reconhecer que aquela dor não é sua, portanto não lhe pertence.
Se tudo pareceu muito confuso, mas você já se viu numa das situações citadas, e imagina que para admitir, tenha que se reconhecer desprovido de inteligência, autoestima, sensibilidade e espírito pouco generoso...está equivocado!
A inteligência emocional espontânea, embora ainda seja privilégio para poucos, pode ser aprendida porém, dificilmente você o conseguirá sozinho...
No entanto, através de um processo psicoterápico você terá oportunidade de, junto com seu terapeuta, identificar e reconhecer as sutilezas que, aparentemente inexistentes, são extremamente importante na relações sociais, amorosas, profissionais, enfim...na sua relação com o mundo.
Converse com um psicólogo...ele é o profissional que pode ajudá-lo !
FONTE: Dra. Angela Corrêa (Psicóloga Clínica)
publicado em 15/06/2018 21:57:00
Comentários do artigo
Penso que embora se fale muito de empatia a nossa sociedade não se apresenta muito receptiva ao outrohá um isolamento,uma superficialidade nas relações que impossibilita essa aproximação. Existe um egoismo aflorado, uma necessidade de dizer não sem atentar,observar o outro. Eu tenho percebido assim o nosso comportamento social.
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Faça Seu Login para responder este comentáriopalma em 29/09/2018 17:04:00