Clube da Maturidade
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Parar de fumar?
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Deixar de fumar só depende de você
Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde nas capitais mais populosas do país, de norte a sul, mostrou que 60% das pessoas querem parar de fumar. Além disso, constatou que 58% acreditam que o cigarro é mais prejudicial do que o álcool e o excesso de peso. Mas, se estas pessoas têm consciência do caráter nocivo do tabaco, por que não param de vez?
Para se chegar a esta resposta é preciso antes entender o contexto social do fumante. A grande maioria das pessoas começa a dar suas primeiras tragadas ainda na juventude, algumas buscando auto-afirmação, outras seguindo o exemplo de pais fumantes. Devido ao longo período de utilização, o organismo, já acostumado com as doses diárias de nicotina, alcatrão e outras substâncias -;muitas delas altamente prejudiciais, como o monóxido de carbono -; passa a "cobrar", a solicitar tais compostos. É a famosa crise de abstinência, que é a pedra de tropeço de muitos fumantes que tentam largar o vício.
Além disso, existe em nossa sociedade toda uma mistificação em torno do ato de fumar, resultado de muitas campanhas de marketing e de milhões de dólares investidos pela indústria do tabaco. Sem falar no estresse cotidiano, que faz do cigarro uma espécie de muleta para milhares de nervosos e nervosas nos escritórios, bolsas-de-valores e escolas de todo o mundo.
Parar de fumar não é fácil em alguns casos. Mas em nenhum deles é impossível. Logicamente, força de vontade e disposição, como em todas as vezes em que se quer fazer uma modificação de tal nível. Seu corpo irá sentir muita falta, sobretudo se você estiver acostumado a fumar muito.
Mas, como não há tempestade que não pare, já nos primeiros dias o organismo começa a apresentar sinais de melhora. Após duas horas sem cigarro, já não há mais nicotina circulando no sangue. Depois de 24 horas, os pulmões já começam a funcionar com maior eficácia. As melhoras vão crescendo com o tempo. Após um ano sem fumar, o risco de ataque cardíaco cai pela metade.
Para controlar a ansiedade, muitas pessoas substituem o fumo pela comida, o que é mais ou menos o mesmo que pegar um trem errado, perceber o erro e descer a tempo só para pegar outro vagão que também não é o seu. É sempre bom procurar um médico para monitorar seu processo de "desquite" do cigarro. Ele indicará uma dieta adequada, bem como exercícios físicos para manter a saúde. Não use o risco de engordar como desculpa para não parar de fumar!
Vale a pena repetir que no início não será fácil. Depois de algum tempo sem fumar, seus pulmões começam naturalmente a desobstruir as vias respiratórias. Isso certamente causará tosses, mas não se assuste nem tente evitar. A tosse é importante, pois é o meio encontrado pelo organismo para expelir as substâncias tóxicas. Assim que ela não for mais necessária, você vai parar de tossir.
Seu aparelho digestivo também deverá passar por um pequeno período de turbulência, no qual você poderá ter prisões de ventre ou indisposições gástricas, mas isso é só até que sua dieta se equilibre. Se houver possibilidade, tente parar de fumar num momento de menor estresse, como nas férias por exemplo.
Segundo dados do INCA, Instituto do Câncer, o cigarro é responsável por 30% das mortes por câncer e por 90% da mortes por câncer de pulmão. Um número alarmante, sobretudo se considerarmos que cerca de 1/3 da população adulta fuma. Outras doenças relacionadas ao cigarro são doenças coronarianas, cerebrovasculares e pulmonares.
São dados assustadores, que devem ser levados em consideração por quem fuma ou está pensando em começar.
FONTE: Equipe de Edição - Clube da Maturidade
publicado em 03/07/2018 08:24:00